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História da música eletrônica

 Música eletrônica  
                               



música eletrônica  é gerada através do uso de recursos digitais e tecnológicos, como sintetizadores – equipamentos que têm como fim elaborar sons artificialmente -, gravadores digitalizados, computadores ou programas de composição. Além disso, ela também é produzida por meio do sampling e da renovada ordenação de sons.

As músicas compostas eletronicamente são fractais – objetos dotados de formas fragmentadas. Todo resultado musical é reutilizado como ingrediente das futuras obras, portanto a gravação de uma música transforma-se de meta artística em fragmento fugaz que será modificado, mesclado, desfigurado; ela é agora um elemento a mais em um infindável mecanismo coletivo.

Esta modalidade musical não é fruto de um único artista, mas sim de um grupo que se inclina sobre um acervo já produzido, e neste trabalho conjunto cada um produz sua fração. Não há uma divisão de tarefas, pois todos atuam simultaneamente como geradores do material que alimentará a composição integral, conversores de formas, criadores, intérpretes e receptores do produto final, em um processo que se auto-estrutura.

Não é necessário que o compositor tenha algum dom ou alguma vivência no campo musical, pois hoje os programas de computador são criados justamente para tornar mais acessível o processo criativo.

A composição eletrônica nasceu no âmago da música erudita, na sua vertente mais subversiva, depois evoluiu para o âmbito da música popular, a princípio conjugada ao rock, depois passando a constituir gênero musical específico, ligado principalmente à modalidade dançante, como o techno, acid, house, trance e drum’n’bass, que tiveram sua fonte no estilo disco de fins dos anos 70.
A princípio discriminada por sua face tecnológica preponderar sobre a estética, que se desenvolveu mais lentamente, a música eletrônica ganhou mais espaço somente depois do final da Segunda Guerra Mundial, graças à atuação dos franceses na música concreta e dos alemães na chamada Elektronische Musik. A vertente francesa perdurou até os anos 60, pois a tecnologia ainda não se democratizara o suficiente. Aos poucos, porém, o empenho em aprimorar este gênero levou à produção do primeiro sintetizador pessoal.

Em meados desta década, Stockhausen produziu Mikrophonie I para ser tocada em tam-tam, microfones de mão, filtros e potenciômetros. Os primeiros equipamentos ainda não eram muito confiáveis, mas ainda assim Keith Emerson, do grupo Emerson Lake and Palmer, passou a utilizá-los em suas turnês. O instrumento eletrônico conhecido como teremim, nada fácil de ser tocado, foi adotado pelos The Beach Boys, enquanto o mellotron foi executado pelos The Beatles em Strawberry Fields Forever.

À medida que os sintetizadores se tornaram mais acessíveis, com seus preços reduzidos, diversos conjuntos de rock passaram a utilizá-los, como The Silver Apples e Pink Floyd, que se valeram destes instrumentos para substituir o uso do órgão. Nos anos 70 a música eletrônica foi subvertida pela atuação da genial banda alemã Kraftwerk, que associou a tecnologia disponível à recente robótica, representando desta forma a crescente alienação do mundo contemporâneo, principalmente no que se refere à interação do Homem com as máquinas.

Outros grupos atuais também unem o rock às composições eletrônicas, tais como o Tangerine Dream, Can, Neu! e Popol Vuh.

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